JUSTIFICATIVA
São muitos e freqüentes os estímulos, de toda natureza e de múltiplas origens, para que se aprofunde a discussão sobre os novos papéis e valores da informação – e dos profissionais que a ela se dedicam - nos vários processos sociais, culturais e econômicos. Impulsionados pelas evidentes transformações trazidas pelo desenvolvimento científico e tecnológico nas áreas da informática, da micro-eletrônica e das telecomunicações, acadêmicos e profissionais da área - e também de outros campos de conhecimento - passaram a assumir, cada dia mais intensamente, as questões levantadas por aquelas transformações. Tornou-se irrecusável o fato de que o papel da informação assumiu tal grandeza que não mais se pode tolerar a ausência de estudos e debates aprofundados sobre ele.
O tema, por fim, tornou-se recorrente e se consolidou como de alta relevância acadêmica e profissional. Alcançou-se, em conseqüência, significativos avanços no aprofundamento dos estudos sobre a natureza das transformações que as tecnologias de informação e comunicações ocasionam na sociedade mundial. A intensificação da globalização, a convergência tecnológica, de investimentos financeiros e também de empresas nacionais e multinacionais que atuam na área, foram fatores que influenciaram as idas e vindas do debate. De um enfoque inicialmente tecnológico, cultural e econômico, as discussões passaram a ter como cerne o desenvolvimento humano e a exclusão social e digital.
No momento atual, dadas as perplexidades ideológicas, políticas e econômicas que caracterizam a contemporaneidade, torna-se imperioso acirrar essa discussão, particularmente dentro do enfoque da cidadania, da democracia e do uso da informação e do conhecimento para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos.